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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nada é definitivo, até que ocorra!


Ontem escrevi sobre o dinamismo da Polícia e hoje já tive mais um exemplo disso.
Logo cedo, fui até o meu superior e confirmei a informação de que não estaria no plantão na quinta-feira.

Alguns minutos depois, fui chamado e informado que haviam ocorrido mudanças.
Eu estava no plantão novamente, mas na sexta-feira.

Concordei, com certo desânimo, pois já havia aceitado a idéia de que não estaria mais.
Além disso, eu deveria me deslocar imediatamente ao plantão para aprender a mexer com o sistema OCR e outros detalhes relativos a cada registro de ocorrência.

Não sou do tipo que fica de cara quando há mudanças repentinas assim.
Posso não gostar, mas não demonstro, não deixo que isso afete o meu trabalho.

As pessoas que serão atendidas por mim durante o plantão não merecem um servidor de má vontade.
E má vontade não seria nem justificativa.

Quando se presta um concurso e se ingressa em uma Instituição, deve-se ter em mente que deveremos estar prontos para sermos utilizados em qualquer setor.
Há colegas que não estão nas delegacias ou cidades que querem, mas fazem um excelente trabalho.

E esse excelente trabalho acaba prendendo-os ainda mais aos lugares em que estão.
Agora, pergunte a eles se eles se sujeitariam a serem maus servidores para conseguirem uma remoção. Claro que não!

Ao passo que um mau servidor acaba prejudicando o lugar em que está até ir para onde quer.
Certamente, prefiro ser lembrado entre aqueles que dão o máximo onde quer que sejam lotados.

Mas, voltando ao assunto, fiquei o dia todo no plantão. Achei interessante.
É um trabalho parecido com o que eu fazia, quando era estagiário na Defensoria Pública.

Ouvir as pessoas, filtrar o que é realmente necessário, ver se isso se enquadra no ordenamento jurídico e colocar no papel.
E não basta apenas saber como ou o que fazer, deve-se saber também explicar em uma linguagem que as pessoas entendam. Certamente, essa é a parte mais difícil.

Já tive colegas que sabiam muito e que, na hora de explicar para pessoas extremamente humildes e leigas em direito, agiam como se falassem com um advogado, deixando as pessoas completamente perdidas.
Para quem não entende, passa a sensação do velho “ta me enrolando”.

Mas, voltando ao assunto, registrei cinco ocorrências, todas relativas a crimes leves.
A colega que ficará no plantão comigo na sexta-feira também é da última turma e, portanto, também ficou lá pra pegar o jeito.

Fomos muito bem auxiliados por dois policiais mais experientes que, a todo o momento, perguntavam se precisávamos de algo.
Mesmo com tudo isso, o registrou principal, fica a cerca das repentinas mudanças que ocorrem.

Nada é 100% certo, enquanto houver possibilidade de mudança.
Nada é definitivo, até que ocorra.

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