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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Desabafo - por Fernanda Catafesta

Quando era advogada também acreditava que meus clientes eram vítimas da sociedade, pois não se dava oportunidade para eles.

Jamais seriam recuperados pelo fato de serem colocados dentro de um presídio sem qualquer condição, ferindo o princípio mais básico que é o da dignidade.

Mas agora eu sou policial e passei a ouvir as vítimas dos meus ex-clientes, em especial as vítimas de roubo ou seus familiares, quando ocorre um latrocínio.


E nada na vida é mais frustrante do que fazer uma pesquisa do indivíduo que a pessoa reconheceu como o autor do fato e ver que em um ano ele entrou e saiu do presídio 2 ou 3 vezes, sendo que em todas foi por um flagrante de roubo (e sim amigos, 2 ou 3 crimes que foram vistos, nem contamos os que ele praticou e não serão elucidados).

E como explicar isso para a vítima?

Ela que teve uma arma apontada pra sua cabeça e foi ameaçada de morte porque demorou dois segundo para entregar a chave do carro, pois seu filho estava dormindo no banco de trás e queria tirá-lo.

Teve sua casa invadida, foi amarrado, agredido até quebrarem seu nariz, trincarem suas costelas e viu seus filhos e pais idosos também serem agredidos, suas roupas, eletrodomésticos e outros objetos, todos comprados com o seu trabalho, serem levados em questão de minutos por eles.

E no caso do latrocínio, quando a pessoa demorou os dois segundos para entregar a chave e o excluído pela sociedade puxou o gatilho e eliminou o sustento de uma família inteira.

Como agir? Como explicar?


Sim, não devemos nos igualar a eles em sua forma de agir. Mas, por que demos super-garantias a eles?


Por que não nos preocupamos com suas vítimas?

Vocês não lidam com a escória.

Vocês não tem que ouvir e digitar um depoimento em que o assaltante descreve com toda a calma e frieza o seu modo de agir para roubar um carro, amarrar uma pessoa e executá-la.

Ou ainda, perguntar qual a profissão e ele simplesmente dizer: nunca trabalhei, sempre roubei.

Serei chamada de reacionária, porque agora estou do outro lado.

Mas queridos, ninguém aqui prega a agressão física, o que se pede é cumprimento de leis ou o endurecimento delas, a certeza da punição.

Porque esse rapaz que tem quase 30 anos e disse que nunca trabalhou, somente roubou o faz pela certeza que no instante em que for pego em flagrante sairá da prisão em seguida e voltará a sua rotina.

Enquanto a vítima ficará traumatizada para o resto da vida.

Então antes de falarem em humanidade e dignidade, pensem no outro lado.


Se para vocês o clichê é a redução da maioridade penal, para mim o clichê é ouvir que são excluídos pela sociedade, que reduzir a maioridade penal não resolve, endurecer as penas e fazê-las cumprir também não resolve.


Outra coisa, a punição que eu espero que seja cumprida é para todos, ok.


Quem bebe e dirige, playboy que vende cocaína para manter seu elevado padrão de vida e para pé de chinelo que rouba, mata e estupra, porque ninguém é coitadinho.

Fez a m*, vai pagar. Não importa a classe social, rico ou pobre.

Certeza que vou me arrepender ao escrever este texto e vou apagar, mas a paciência chegou ao limite com os intelectuais e arautos do saber que defendem os “excluídos” menosprezando a inteligência de quem tem opinião contrária a sua.

Filho, tenho faculdade tanto quanto você, passei em concurso e sei interpretar texto.

Opinião é para ser dada quando se achar conveniente e também DEVE ser respeitada, sem atacar o argumentador, mas sim o argumento.

 

domingo, 28 de abril de 2013

Carta a Jovens Policiais - por Oscar Bessi Filho

Correio do Povo, domingo, 28/04/13, p. 16.


Querido leitor desta, cuja vida ainda há por viver. 


Quem te escreve traz uma vida a contar. 

O bom de nossas vidas humanas é que, em determinado momento, elas nos fazem carregar duas malas pesadas. Uma de acertos e vitórias, nem todas conscientes. Outra de erros e equívocos, alguns bem intencionais. 

Ser humano é ser imperfeito. Há um momento em que paramos e abrimos estas malas. Contemplamos nossos passos. Nossos pesos. 

E, quase em defesa de nós mesmos, pensamos no que pode ser deixado ali, antes de prosseguir. Aí descobrimos que nada é descartável. Nem o que não gostamos. O que foi feito está feito, só resta transformar em lições. A grande sacada de nossas vidas: a possibilidade de aprender. E então ensinar.

Será sempre a primeira lição: ter cuidado. 


És único, sem superpoderes. Mas ninguém te tolerará imperfeito, ainda que continue humano. Terás poder sem ter poder algum, pois o que fizer ou cercear não será em teu nome, mas em nome de um povo. 

Terás que pensar por ele. Decidir e optar por ele. Matar ou morrer por ele. Quase sempre em átimos, cacos de instante. E por teus atos serás sempre e até severamente questionado por qualquer um que se sinta prejudicado ou ofendido, ainda que tenhas agido pleno de razão e apuro. 

Nem sempre a justiça dos homens é justa. E a divina te parecerá desatenta. No vão destas, justiça pelas próprias mãos será o pior remédio. 

Não te habitues à espera do elogio. Os beberrões amaldiçoarão tuas providências, mas culparão tua ausência pelas mortes na estrada. 


Os manifestantes jogarão pedras em ti, não nos governos. 

O traficante será denunciado pela mesma sociedade que aprecia suas drogas. 

Os que considerarão barbárie o ato do assaltante, mudarão de alvo, caso tua indignação deixe escapar um gesto ao prendê-lo. 

E os que gritam contra a impunidade serão os mesmos a negociar contigo, entre sussurros, as multas de seu carro. 

Só as crianças e as vítimas te olharão com algum sonho.

Eleger-te-ão a imagem da injustiça. A foto de quem a semeia todos os dias, ao teu redor, não te acompanhará. 


Levarás contigo um amor alvejado de ódios. Serás continuamente heroico, invariavelmente anônimo. Quase sempre invisível. Diariamente alvo. 

E alguém te oferecerá vantagens. Lucro em tua própria ausência, ou glórias efêmeras sob exemplos distorcidos. E te oferecerá valores que, talvez, quem deveria te dar já esqueceu. 

Aí, verás se tua dignidade tem preço. 

Pois também há um preço no sustentar de tua família. 

O que sai mais caro? 

No compromisso que juraste, saberás quem paga a conta e quais são os caminhos de luta. 

Terás a chance da escolha. 

Pense no corpo que adoece e se entrega ou resiste à chaga. Pois alguém que leva teu amor, perto ou longe de ti, também estará sob os cuidados de um colega teu. 

Que também fez suas escolhas.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Uma verdadeira caçada.

Semana passada foi atípica.

Passei quase toda a semana sem internet em casa, motivo pelo qual não escrevi.
No trabalho, fiquei muito pouco dentro da Delegacia.

Deflagramos uma verdadeira caçada atrás de um perigoso assaltante.
O indivíduo estava causando pânico na cidade, já que cometeu pelo menos 4 crimes (entre roubos e furtos) em poucos dias e sempre armado.

Com tudo isso, fomos incumbidos de procurá-lo na parte da cidade onde provavelmente estaria se escondendo.
Andamos por todas as ruas do bairro onde ele costumeiramente estava.

Não raras vezes cruzávamos por viaturas da Brigada Militar, também à procura do mesmo indivíduo.
Recebíamos várias informações de moradores do bairro e de pessoas que ligavam pra Delegacia.

Quando chegava uma informação nova, íamos até a casa onde supostamente o indivíduo estava, cercávamos e batíamos na porta.
O morador atendia e perguntávamos sobre o procurado.

Mesmo diante da negativa, pedíamos para olhar a casa.
Ninguém se opôs ao pedido, todos franquearam a entrada sem problemas.

Perguntávamos, então, ao morador, qual o provável motivo da casa ser indicada como paradeiro do procurado, se ele havia estado ali, se ouvira algo sobre onde poderia estar, entre outras coisas.
Enquanto alguns colegas faziam essas perguntas, outros dirigiam-se aos vizinhos, que, curiosos, já estavam nas proximidades observando, e perguntavam se o procurado havia estado aquele local ou nas proximidades.

Depois, na viatura, trocávamos as informações colhidas, a fim de verificar alguma possível contradição ou inverdade.
Fizemos isso durante os três dias de busca.
Entramos em várias residências.
Na quinta-feira, realizamos diligências em prostíbulos, lugar muito freqüentado pelo procurado, e perguntamos se ele havia passado por ali.

Ainda avisamos que, caso ele aparecesse, que nos comunicassem o mais rápido possível.
Mesmo com todas essas “andanças” realizadas, não logramos êxito em encontrar o procurado.

No entanto, de quebra, encontramos um foragido de Santa Maria e um marido agressor com mandado de prisão decretado.
Ontem foi um dia de reorganização.

Como não parei na Delegacia, tive que verificar meus procedimentos, para lembras em que pé andavam cada um.
Acabei fazendo um levantamento de local  pela manhã.

Algo bem simples.
Apenas passei a pé na frente do local para verificar algumas denúncias anônimas, confirmei a veracidade e voltei pra Delegacia elaborar o relatório de diligências e representar por mandado de busca e apreensão.

Hoje, dediquei-me às Interceptações telefônicas.
Há vários procedimentos pendentes, aguardando a remessa dos CDs contendo as gravações das interceptações.

Diante disso, redigi mais de vinte ofícios ao Guardião, solicitando a remessa dos CDs.
Interessante que o ofício deve constar o nome do servidor que irá retirá-los do Guardião.

Em contato com a Regional, fui informado de que iriam amanhã de manhã.
Logo, teria que me apressar para terminar tudo e ainda mandar pelo ônibus até a cidade onde fica a Regional.

Com a chegada dos CDs, mais trabalho pela frente.
Hora de responder ao Judiciário se houve algo importante para investigação e degravar o que for necessário, pra só então dar por terminado o ciclo da interceptação telefônica.

Pelo menos é o que eu sei até o momento.
Pode ser que mais adiante eu perceba que o caminho é um pouco mais longo.

Mas confesso que é um procedimento deveras chato de trabalhar.
Há muitas restrições e bastante burocracia no trâmite.

Uma segurança para o sigilo telefônico de cada um, mas uma pedra no sapato no nosso trabalho.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um susto e um caso delicado


Tomei um grande susto hoje.
Fui procurar uma apreensão que eu havia deixado guardada em um armário, para devolvê-la, e não a encontrei.

Olhei o armário duas vezes e nada.
Perguntei para os colegas e ninguém sabia de nada.

A apreensão era bem pequena, aproximadamente do tamanho de um chip de celular, e estava dentro de um saco plástico, devidamente identificada com o número da ocorrência.
Resumindo, não estava no lugar e podia caber em qualquer outro lugar.

Isso dava uma margem bem grande de lugares pra procurar.
Difícil descrever o que passou pela cabeça.

O probatório, punições, incômodos, etc.
Falei com o chefe da investigação e ele mandou eu procurar de novo onde havia guardado.

Voltei no armário e tirei tudo o que tinha lá dentro.
Olhei dentro de cada coisa que estava lá.

De repente, não entendo até agora como, achei o saco plástico com a apreensão.
Um misto de alívio e euforia tomou conta.

Eu havia olhado duas vezes e não havia encontrado, mas lá estava, num canto, o saco plástico embolado.
Tomarei mais cuidado com apreensões pequenas.

Apesar de ser cuidadoso, uma série de mudanças (de sala, de móveis) contribuiu para isso.
Passado o susto, o dia seguiu tranqüilo, até que fui solicitado pelo Plantão.

Tarefa: buscar uma menina e a mãe dela em casa e levá-las ao PML.
O fato: possível abuso.

Convidei uma colega que tem filha e já foi professora.
Imaginei que, dessa forma, ela teria mais sensibilidade para lidar com a situação.

Mais do que o normal, claro, já que a maioria das mulheres, senão todas, se saem melhor do que nós, homens, em situações como essas.
Fomos até a casa e nos deparamos com um lugar muito modesto, para dizer o mínimo.

A casa de madeira era um pouco maior do que um banheiro de uma casa de tamanho médio.
Falamos com a mãe da menina e explicamos que deveríamos levá-las.

Ela concordou de pronto.
Quando chegamos ao PML fomos informados de que o médico plantonista não estava e só poderia atender mais tarde.

Avisamos o Plantão, para saber exatamente o que fazer, e foi determinado que levássemos as duas de volta para casa.
Por ver o estado em que estava a menina, não me dirigi a ela nenhuma vez, embora a puxasse assunto.

Mas foi inevitável perceber como ela estava com medo.
Parecia acuada, agarrada às pernas da mãe e pedindo colo a todo o momento.

É uma situação tocante, na qual não há muito de nossa parte a ser feito, a não ser o nosso trabalho e, claro, o maior cuidado possível no trato das pessoas em casos assim.
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Munição nova.


É interessante como não temos domínio sobre o trabalho.
Por vezes organizamos o que iremos fazer.

Outras vezes, somos conduzidos por situações que se apresentam, desde as mais simples, até algumas mais complicadas, como crimes graves que ocorrem.
Situações que se apresentam inesperadamente e acabam com o planejamento do dia, desde que este não seja mais importante, claro.

Hoje foi um dos dias em que consegui controlar o trabalho durante todo o dia.
E foi um dia tranqüilo.

Ainda durante a manhã, ouvi uma vítima e oficiei representando por um MBA.
O resto do dia foram diligências diversas por toda a cidade, colhendo informações aqui e ali e reafirmando afinidade para futuras informações.

No final do dia recebi novas munições depois de seis meses.
Quantas? Dez.

Sim, dez munições.
É estranho, já que os três carregadores da pistola, entregues junto com ela, suportam pelo menos quinze munições.

Quando tomei posse, recebi uma caixa com 50 munições.
Destas, gastei 14 treinando e me adaptando à pistola.

É pouco, eu sei.
Mas com o preço das munições não é fácil de ficar dando muitos tiros por conta própria.

Espero um momento oportuno para recarregar os cartuchos e poder voltar a atirar.
Até lá, tomara que não seja preciso gastar minhas poucas munições.

Se for, que eu seja preciso e econômico.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dia movimentado

Terça-feira.

Como esperado, o dia foi agitado.
Realizamos um auto de reconhecimento pessoal.

Como é algo que exige praticamente um cerimonial e ocupa grande parte dos colegas, juntamos vários procedimentos e fizemos vários reconhecimentos.
Ainda pela manhã tentei tomar o depoimento de várias vítimas, mas consegui contato com poucas e nem todas se disponibilizaram em comparecer.

Lição para a próxima: organizar-me melhor e de forma antecipada.
Depois de findo o reconhecimento, saí com outro colega em uma viatura discreta diligenciar em alguns bairros da cidade.

Ao passar por um conhecido ponto de venda de drogas, percebemos que um veículo parou em frente ao lugar, alguém desceu, voltou e o veículo imediatamente saiu.
Cortamos caminho, pegamos uma rua principal, enquanto o veículo estava logo atrás.

Decidimos abordá-lo.
Como percebemos que havia quatro pessoas no carro, ligamos e pedimos auxílio de outros dois colegas.

Marcamos um ponto de abordagem.
Ao nos aproximarmos do ponto de abordagem, ligamos a sirene da viatura discreta e fizemos sinal para que o veículo estacionasse.

Os outros colegas, que esperavam mais a frente, logo chegaram para auxiliar.
Determinamos que todos saíssem do veículo e os revistamos.

Enquanto um colega conversava com o motorista, revistamos o carro.
Olhamos todos os lugares que poderiam esconder algum invólucro com droga.

O primeiro lugar em que olhei foi dentro de uma carteira de cigarros que estava no painel, pois é um esconderijo comum.
Não encontramos nada.

Como o motorista estava sem habilitação e sem documentos, chamamos a Brigada Militar para notificá-lo.
Assim que eles chegaram, saímos do local e deixamos tudo a cargo deles.

Fiquei pensando que, muito embora o senso comum diga que ser usuário “não dá nada” (e realmente não dê mesmo), no grande constrangimento que era ser abordado pela polícia.
Bom, pelo menos eu ficaria extremamente constrangido, não sei se esse é um sentimento comum.

Ser abordado por duas viaturas, mesmo que discretas, com curiosos aglomerando-se mesmo que de forma distante e olhando para tudo o que se passava.

Acredito que mesmo que uma abordagem dessas não cause muitos danos legais àquele que se define como usuário, causa um constrangimento considerável, principalmente tratando-se de uma cidade pequena ou média, onde as pessoas se conhecem.
Mas enfim, são apenas divagações, já que, provavelmente, eles não pensem assim.

Quem tem muito a perder pensa em como se portar, no que se pode ou não fazer.
Quem não tem, apenas faz.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resumo dos últimos dias

Um resumo dos últimos dias:

Sexta-feira foi um dia extremamente movimentado com muitos mandados de prisão e de busca e apreensão sendo cumpridos.
Com isso, acabei trabalhando até as 19h.

Antes disso, na quarta-feira, tive a primeira situação constrangedora fora do horário de serviço.
Fui em um aniversário e, ao entrar na casa, uma das primeiras pessoas que enxergo é um indivíduo onde cumprimos um mandado de busca.

Como não havia muito a ser feito, cumprimentei normalmente e, aos poucos, fui me deslocando, juntamente com outros colegas, até que ficássemos num grupinho separado.
A noite transcorreu sem problemas.

Na academia que freqüente cruzo todos os dias por outro indivíduo onde cumprimos mandado na casa e na empresa dele.
Também cumprimento ele normalmente, não há motivos para animosidades.

Hoje também passei o dia bastante atarefado, mas “enclausurado”.
Saí apenas para fazer um levantamento fotográfico de um veículo apreendido.

Me concentrei em procedimentos complicados que voltaram do gabinete e necessitavam de movimentação.
Amanhã acho que teremos outro dia movimentado.

Aguardem!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Novo concurso autorizado!

Como muitas pessoas me perguntam sobre o concurso da Polícia Civil aqui no Estado, posto aqui uma ótima notícia:

"O governador Tarso Genro assinou, na tarde desta quinta-feira, a autorização para concurso público da Polícia Civil. Serão 350 vagas para inspetor e 350 para escrivão. Os primeiros 400 devem ser chamados no primeiro semestre de 2014 e o restante, até o final do ano.

O valor do salário inicial e os requisitos necessários para concorrer às vagas ainda não foram divulgados.

Os novos policiais se somam aos outros 2 mil soldados da Brigada Militar que serão contratados também em 2014. Até o final de abril, outros 2,5 mil agentes da BM, selecionados em concurso realizado no ano passado, chegam às ruas de todo o Estado.

A assinatura ocorreu no gabinete do governador, no Palácio Piratini, e contou com as presenças do chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, do subchefe de Polícia, Ênio Gomes de Oliveira, e do comandante-geral da Brigada Militar, Fábio Duarte Fernandes".


Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/policia/noticia/2013/04/governo-autoriza-concurso-para-700-policiais-civis-4095861.html

Lugar de bandido é na cadeia - por Onyx Lorenzoni

Por incrível que possa parecer, essa frase é polêmica no Brasil. Anos e anos de ideário de esquerda construíram na cabeça de muitos brasileiros que bandido é uma "vítima da sociedade". Que ele somente entrou na criminalidade por falta de oportunidades. Pois bem, façamos uma breve reflexão.

De acordo com os dados oficiais, vivemos uma oferta de emprego em patamares elevados. De onde se deveria concluir o seguinte: se há empregos, então há oportunidades, logo a criminalidade no Brasil deveria estar diminuindo. Mas, não é isso que se vê. A criminalidade aumenta. E mais grave. A crueldade aumenta. Isso acontece porque a leitura do problema sempre foi equivocada.

Considerar que pobreza e falta de oportunidade levam a criminalidade nos levaria a concluir que todo pobre é bandido. Nada mais absurdo. Um cidadão de bem não admitiria cometer crimes, mesmo frente a grandes dificuldades. Criminalidade tem a ver com questões morais de caráter pessoal.

O problema da segurança pública por certo tem raízes sociais e culturais, mas seu combate diz respeito a como o governo encara o problema e como ele o enfrenta. Se formos movidos pelo sentimento de condescendência em relação ao criminoso, estaremos sendo omissos e impiedosos em relação às verdadeiras vítimas do crime: o cidadão de bem.
Há uma farta quantidade de exemplos de países que venceram a batalha contra sua criminalidade. E nem precisamos recorrer a exemplos norte-americanos como a "Tolerância zero" implantada em Nova York. A Colômbia e o Chile venceram a violência em seus países. E como o fizeram? Fizeram com polícia, bem treinada, bem paga e bem equipada.

Falar em investir na polícia traz calafrios em muita gente, mas nós temos que decidir de que lado ficar. Ou seremos uma sociedade onde a polícia faz a defesa das pessoas, das propriedades e mantém a ordem. Ou vamos nos acomodar em nossas casas, dando as costas a estes profissionais e apenas nos queixando quando passamos a fazer parte das estatísticas da violência.
Outros pontos são vitais para o combate a violência. O controle das fronteiras para evitar que armas e drogas entrem em nosso país, diminuindo assim o potencial ofensivo das quadrilhas.

O uso da inteligência policial para desarticular as quadrilhas e a construção de presídios. Nenhuma dessas ações vêm sendo tomada de maneira efetiva no Brasil e os governos estaduais lamentavelmente não têm recursos necessários para fazer isso.

Construir presídios é dar condições dignas para que os apenados cumpram suas penas. Investir e treinar a polícia não é apoiar a truculência, é qualificar os profissionais que arriscam suas vidas por nós.

Os investimentos em segurança pública são um recado claro e direto para os criminosos de que o Estado garantirá a ordem e que o crime será combatido com rigor.

Enquanto o sentimento de impunidade continuar a ser alimentado pela incompetência do Estado a criminalidade continuará a assombrar as famílias brasileiras em todos os cantos do país.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2013/03/27/artigo-lugar-de-bandido-e-na-cadeia/

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Desligando-se no feriado

Retorno após um bom feriadão.

Trabalhei até o meio dia de quinta-feira e só retornei hoje pela manhã.
Nesse período, me desligo completamente do serviço.

Afinal, não estou de sobreaviso e minha saída da cidade foi comunicada.
Até tenho curiosidade sobre o que acontece na cidade nesse intervalo, mas me contento em saber apenas ao chegar para trabalhar novamente.

Alguns colegas não conseguem se desligar do trabalho nem estando de férias e isso deve ser bem complicado.
Por enquanto, separo bem as coisas.

Hoje, o dia foi (e está sendo) muito chuvoso.
Estou sem meu parceiro, que está descontado.

Não restou muito a fazer.
Liguei para algumas vítimas para que comparecessem na Delegacia.

Consegui contato com algumas, outras não.
Aproveitei para organizar os procedimentos que estão em minha carga.

Outra coisa tem tomado meu tempo: a data de entrada em exercício.
Tomamos posse no dia 19 de setembro do ano passado e ficou acordado que mesmo quem se apresentasse no dia 21 de setembro, teria seu exercício a contar do dia 19, para não ficar em desvantagem com quem se apresentaria em Porto Alegre no mesmo dia.

Ressalte-se que dia 20 de setembro era feriado.
Vários colegas conseguiram essa mudança em suas fichas funcionais.

Eu e mais alguns colegas ainda não.
Já fizemos requerimento e encaminhamos ao DP-DAP para que seja feita a mudança.

Agora é esperar.