Jamais seriam recuperados pelo fato de serem colocados
dentro de um presídio sem qualquer condição, ferindo o princípio mais básico
que é o da dignidade.
Mas agora eu sou policial e passei a ouvir as vítimas dos meus ex-clientes, em especial as vítimas de roubo ou seus familiares, quando ocorre um latrocínio.
E nada na vida é mais frustrante do que fazer uma pesquisa do indivíduo que a
pessoa reconheceu como o autor do fato e ver que em um ano ele entrou e saiu do
presídio 2 ou 3 vezes, sendo que em todas foi por um flagrante de roubo (e sim
amigos, 2 ou 3 crimes que foram vistos, nem contamos os que ele praticou e não
serão elucidados).
E como explicar isso para a vítima?
Ela que teve uma arma apontada pra sua cabeça e foi ameaçada
de morte porque demorou dois segundo para entregar a chave do carro, pois seu
filho estava dormindo no banco de trás e queria tirá-lo.
Teve sua casa invadida, foi amarrado, agredido até quebrarem
seu nariz, trincarem suas costelas e viu seus filhos e pais idosos também serem
agredidos, suas roupas, eletrodomésticos e outros objetos, todos comprados com
o seu trabalho, serem levados em questão de minutos por eles.
E no caso do latrocínio, quando a pessoa demorou os dois
segundos para entregar a chave e o excluído pela sociedade puxou o gatilho e
eliminou o sustento de uma família inteira.
Como agir? Como explicar?
Sim, não devemos nos igualar a eles em sua forma de agir. Mas, por que demos super-garantias a eles?
Por que não nos preocupamos com suas vítimas?
Vocês não lidam com a escória.
Vocês não tem que ouvir e digitar um depoimento em que o
assaltante descreve com toda a calma e frieza o seu modo de agir para roubar um
carro, amarrar uma pessoa e executá-la.
Ou ainda, perguntar qual a profissão e ele simplesmente
dizer: nunca trabalhei, sempre roubei.
Serei chamada de reacionária, porque agora estou do outro lado.
Mas queridos, ninguém aqui prega a agressão física, o que se
pede é cumprimento de leis ou o endurecimento delas, a certeza da punição.
Porque esse rapaz que tem quase 30 anos e disse que nunca
trabalhou, somente roubou o faz pela certeza que no instante em que for pego em
flagrante sairá da prisão em seguida e voltará a sua rotina.
Enquanto a vítima ficará traumatizada para o resto da vida.
Então antes de falarem em humanidade e dignidade, pensem no outro lado.
Se para vocês o clichê é a redução da maioridade penal, para mim o clichê é ouvir que são excluídos pela sociedade, que reduzir a maioridade penal não resolve, endurecer as penas e fazê-las cumprir também não resolve.
Outra coisa, a punição que eu espero que seja cumprida é para todos, ok.
Quem bebe e dirige, playboy que vende cocaína para manter
seu elevado padrão de vida e para pé de chinelo que rouba, mata e estupra,
porque ninguém é coitadinho.
Fez a m*, vai pagar. Não importa a classe social, rico ou
pobre.
Certeza que vou me arrepender ao escrever este texto e vou apagar, mas a
paciência chegou ao limite com os intelectuais e arautos do saber que defendem
os “excluídos” menosprezando a inteligência de quem tem opinião contrária a
sua.
Filho, tenho faculdade tanto quanto você, passei em concurso
e sei interpretar texto.
Opinião é para ser dada quando se achar conveniente e também
DEVE ser respeitada, sem atacar o argumentador, mas sim o argumento.